quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Contraste

Por Ismael André

O dia de hoje, não é hoje.
É o ontem vivido amanhã sem que o presente assimile por contentar o que não tem.
Acreditar que tudo é explicável é satisfazer a sua própria loucura.
Pois hoje, o explicável é ridículo.
O ridículo é significante.
O que almeja ser, é não ter.
Ter, nada vale.
Sorrir é chorar.
Chorar é dizer o que pensa e o que sabe.
Saber é não possuir foco, alvo.
Focalizar é um risco,
indubitavelmente inconveniente.
Peripécia é normal.
Normal é não duvidar.
Morbidade é vida longa.
Satiridade é algo sério.
Sorrindo, fico ao me lançar no intuito de me achar.
Achar que nada.
Viver é sinônimo de perecer.
Perecer ao horizonte, vendo sempre o sol nascer,
imaginando que sabe, ver o dia anoitecer.