quinta-feira, 14 de abril de 2011

Biografia de Eugênio de Castro

Por Donivaldo de Sousa / Sueli aires / Erivaneide Ribeiro / Verônica Lira


Eugênio de Castro nasceu em 4 de março de 1869, em Coimbra,e faleceu em 17 de agosto de 1944, na mesma cidade. Licenciou-se em Letras na Universidade de Coimbra. Devido à sua paixão pelo ensino dedicou-se ao professorado, primeiro no ensino particular e posteriormente na universidade que se formou, desempenhando também funções diretivas.
Eugênio de Castro publicou os seus primeiros trabalhos de poesia, em 1884, aos quinze anos de idade. Três anos mais tarde, colaborou no jornal O dia. É ainda durante os estudos que fundou, em 1889, juntamente com João Menezes e Francisco Bastos, a revista “Os Insubmissos”, colaborando ao mesmo tempo com a revista “Boêmia Nova”. Mais tarde foi co-fundador, com Manuel da Silva Gaio, da revista internacional Arte, que reuniu textos de escritores portugueses e estrangeiros da época.
Em 1890, entrou para a história da literatura portuguesa com o lançamento do livro de poemas “Oaristos”, marco inicial do Simbolismo em Portugal, considerado um escândalo literário , seguida da obra Horas (1891), que  pretendiam revolucionar, do ponto de vista formal, a poesia portuguesa, introduzindo novas métricas e rimas raras além de explorar a musicalidade da língua, num esteticismo que visava contrapor-se á tradição romântica portuguesa.
Sua obra pode ser dividida em duas fases: a primeira chamada de simbolista, que corresponde à produção poética até o final do século XIX, caracterizada pelo uso de rimas novas e raras, novas métricas, sinestesias, aliterações e vocabulário mais rico e musical; e a segunda fase chamada de neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, com temas voltados para a Antiguidade Clássica e ao passado português, revelando certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal.
A poesia de Eugênio de Castro seja na primeira ou na segunda fase, nunca se libertou do epíteto de esteticista escolar, sendo, no entanto, uma referência incontornável na análise do processo de libertação da linguagem poética que viria a culminar com o modernismo.



Referencial:

Nenhum comentário:

Postar um comentário